FLORAIS DA FLORESTA

Palestra de Maria Alice Freire

 

A pesquisa dos Florais da Amazônia é uma pesquisa que a 8 anos vem sendo realizada por eu, Maria Alice Freire, e minha parceira Isabel Barché. Então essa pesquisa passou por sucessivos momentos; a primeira parte nós pesquisamos individualmente e depois abrimos. O trabalho propriamente, passou a ser uma sistemática assim conjuntamente perante os Seres da Floresta e levando essa pesquisa. Após essa fase da pesquisa feita por nós duas,  passamos para a fase de experimentação sistemática também nossa e por fim foi aberta para o Povo da Floresta que era o nosso público. Nós já estávamos vinculadas nesta parte terapêutica com a natureza, plantas, Seres do reino vegetal, fungos e tudo isso já há muito tempo.

 Essa pesquisa nasceu dentro do Centro de Medicina dos Seres da Floresta que é uma organização do nosso grupo, um centro de pesquisa onde se trabalha com muitas coisas como educação, reflorestamento, educação ambiental, produção de produtos psicoterápicos, assistência a população da região ribeirinha, etc. É um centro que tem todas essas abrangências e dentro disso nasceu a pesquisa dos Florais da Amazônia.

Nós passamos esse período de experimentação com o  povo da floresta e só depois de três anos na mata é que nós saímos para o mundo externo da floresta, foi quando viemos para o Brasil estudar e logo após para os demais países do mundo, sempre levando os Florais da Amazônia.

Hoje já estão num ponto mais adiantado, no Brasil os florais estão num circuito comercial assim tendo um sistema de apresentação de cursos tanto nas cidades como nas floresta levando pessoas das cidades para estudar. Já temos inclusive pessoas formadas nos nossos cursos, saiu agora a primeira turma de multiplicadores que possivelmente darão cursos de Florais da Amazônia.

 Já estamos dentro desse nível de expansão, atingimos uma nova etapa, agora importante para falar sobre os Florais da Amazônia é uma pesquisa que traz uma linguagem nova dentro da terapia floral por ter se desenvolvido ali dentro daquele Universo tão isolado, a pessoa entra e fica como que em “outro mundo”. Foi muito positivo porque nós tivemos um desenvolvimento genuíno ali dentro daquela cultura dentro daquela tradição espiritual

Com a pesquisa das plantas medicinais da floresta nós tivemos o privilégio de estar ali dentro de uma egrégia que orientou e protegeu assim dando uma direção clara para nosso estudo, isso fez com que nós viéssemos a apresentar uma linguagem diferente e depois fomos nos aprimorando da linguagem.

Quando chegou o momento certo de entrarmos dentro do diálogo da comunidade terapêutica no mundo, fomos nessa busca e descobrimos que assim além de linguagem também estava uma questão de ponto de vista em relação ao estudo que era particular.

Nosso trabalho a partir da floresta tinha uma identidade muito grande com as  linhas ligadas as energias da natureza, dos elementos; nas hierarquias essas palavras que nós trazemos como se fossemos trazer a minoria da humanidade é elemento terápico. “A terapia dos elementos” que está presente nas medicinas tradicionais, na medicina chinesa, na medicina maia, na medicina da floresta o que acontece é que essa concepção de saúde e de doença que está presente na nossa pesquisa direciona a nossa linha terapêutica para que nós sejamos pessoas sempre procurando.

Em todo esse processo de trabalho a matriz de saúde da pessoa assim como daquela planta, acreditamos que o nosso estoque está na saúde mesmo, nós olhamos para o paciente procurando a doença, procurando a saúde, descobrindo o que está faltando para depregar a saúde daquele paciente, para mobilizar o metabolismo dele o  processo interno para que ele possa reagir às suas carências, ser receptivo aquilo que possa vir potencializar o processo de resgatar a saúde. Nós partimos do privilégio que inicialmente todos nós fomos gerados ter mais saúde, nossa meta sobre a Terra é vivermos com saúde então ela está na nossa semente.

De tudo aquilo que pertence à criação e à natureza está saúde é para nós.            E saúde perdemos a medida que vamos distanciando a nossa mente da nossa realidade íntima e  interna, vamos nos dissociando, vamos entrando num apelo externo.

Essa esfera da humanidade que nem questiono acredito que tudo o que aconteceu, está acontecendo e que vai acontecer é natural, tudo traz conhecimento, são os ciclos dos momentos, dos projetos e nós justamente dentro dessa terapia temos esse enfoque dinâmico, enfoque da evolução, do movimento, das forças, nós acreditamos que o que a natureza pode trazer de puro para nós é poder espelhar as partes da nossa saúde que nós perdemos. O reino vegetal, o reino puro, esse reino eles não tem a consciência particular que nós temos. Então o que é a realidade interna deles manifesta? Eles não têm dissociação interna porque a consciência que os rege é a consciência Universal ou assim dizer que não tem, isso tudo é o movimento das forças, mas a consciência neles não é desenvolvida.

Somos nós que temos toda essa consciência e precisamos é daquela situação que eles já tem, que é reencontrar com a regência Universal dentro de nós esse é o nosso desafio porque somos muito evoluídos, no Reino Vegetal, nas flores, nos fungos, é a semelhança de cada parte de nós que vai potencializar aquela saúde interna. Então trabalhamos dentro desta concepção de que a terapia floral vem resgatar a saúde do Ser porque agrega somente assim dentro da consciência, dentro da memória através da vibração dos elementos que compõe cada uma delas, estimulando os elementos em nós vai estimular os nossos processos internos de resgate, para que a gente possa unir a nossa essência, a nossa manifestação isso torna para nós o estado de saúde.

Então o Floral da Amazônia tem o desafio de trazer assim bem forte, porque quando chegamos começamos a andar com a nossa essência, veracidade pelas cidades do mundo os terapeutas sempre nos pediram uma classificação: Esse é para qual doença?Serve pra quê?

Nós queremos dizer que hoje já avançamos na nossa pesquisa chegamos a classificar, temos um livro publicado que é justamente “Florais da Amazônia e renascimento da Fitoterapia” onde nós temos que usar essa classificação das flores, não de acordo com os sintomas das doenças, mas de acordo com os seus padrões de saúde então isso é o que distingue, é a marca assim particularmente da pesquisa dos Florais da Amazônia.

No mais é uma pesquisa que se harmoniza, se identifica e se reúne com todos os pesquisadores das flores do mundo seja aqueles que chegam ao mesmo ponto que chegamos de sintonizar, de realizar este trabalho e sistematizar suas pesquisas ou aqueles que pesquisam em si mesmos, tomam o floral para se estudar, renovar e evoluir, não só para curar uma doença ou para um desequilíbrio, um mal estar e sim  para se estudar, evoluir e potencializar.