X ENCONTRO PELA NOVA CONSCIÊNCIA
Texto e imagem extraídos do site: http://novaconsciencia.com.br/
No mês de fevereiro, enquanto todo o Brasil se entrega às alegrias
descompromissadas de Momo, a cidade de Campina Grande, inspirada na mudança
renovadora do terceiro milênio, sedia o Encontro para a Nova Consciência, um
dos acontecimentos mais abrangentes do calendário de eventos do país.
Dentro de um espírito de macro-ecumenismo, o Encontro reúne
pessoas e instituições voltadas às mais diversas correntes de pensamento,
transmutando a cidade em um original fórum de debates, de reflexão e de
celebração da vida. Através dos códigos da harmonia e do respeito mútuo,
figuras expressivas de vários segmentos religiosos, filosóficos, científicos
e artísticos da nossa sociedade tornam-se aliados e parceiros na troca de
experiências em busca de respostas para a crise atual da humanidade.
No mês de fevereiro, enquanto o Brasil brinca o Carnaval,
Campina Grande é um convite à Paz.
Situada no interior da Paraíba, a progressista Campina Grande constitui um
importante pólo tecnológico, industrial e comercial do Nordeste. Possui duas
universidades e é reconhecida por suas características culturais,
especialmente pelo zelo no resgate e manutenção das tradições e costumes
regionais. E é por isso que Campina Grande tem vaquejadas, um Festival de
Inverno, um Congresso de Violeiros e o "Maior São João do Mundo". No
entanto, não tem Carnaval - pelo menos no seu sentido mais convencional.
Sendo uma cidade serrana, nos quentes dias de fevereiro
Campina Grande sempre assistiu passiva ao inexorável fluxo de seus filhos em
direção ao mar. Manter viva a tradição do Carnaval quando tantos procuravam
por João Pessoa, Recife, Olinda ou Salvador, revelou-se uma tarefa muito difícil.
Mas o campinense é criativo.
Disposta a investir no turismo de eventos, em 1990 Campina
Grande deslocou seu carnaval para o mês de abril, criando assim a "Micarande",
o primeiro carnaval fora de época além dos limites da Bahia. Considerada hoje
um dos principais eventos do gênero no país, a Micarande tem atraído
anualmente um surpreendente número de turistas foliões, que deixam suas
praias, cidades e estados para seguir os trios elétricos pelas iluminadas
avenidas da Rainha da Borborema.
Em 1992, preenchendo a lacuna criada pelo remanejamento do
carnaval e aproveitando um clima de retiro e meditação que aos poucos se
instalava na cidade, Campina Grande realizou o I Encontro para a Nova Consciência,
um ensaio que se propunha a discutir a essência e os destinos do homem. Ao
longo dos anos, o Encontro foi se configurando, definindo suas características
e envolvendo um contingente cada vez maior de pessoas e de idéias.
Padres e pastores alinharam-se com monjes e rabinos. Espíritas
e Hare Krishna conheceram o Santo Daime e a Fé Bahá’i. Físicos e psicólogos
aprenderam com índios e ciganos. Rosacruzes e xamãs confraternizaram-se com
ateus e agnósticos. Estudiosos e leigos viajaram dos mapas astrais à mecânica
quântica, da acupuntura às cores e cristais.
Hoje, quando se estrutura a sua oitava edição, o Encontro
para a Nova Consciência já pode ser considerado um evento de sucesso. Reunindo
milhares de pessoas, em uma dezena de locais, Campina Grande proporciona,
durante cinco dias, um clima de paz, de harmonia, de
reflexão e de esperança.
O que chamamos hoje de Nova Consciência é um movimento mundial de cultura
alternativa contemporânea, com raízes nos anos 60, integrado por pessoas de
todas as idades, profissões, raças, credos e opções de vida. Seus adeptos têm
a compreensão de que a moderna tecnologia e a preservação ambiental podem
caminhar juntas e, por isso, propõem um uso criativo e humanista da tecnologia,
visando o equilíbrio sustentável do planeta e o bem estar físico e emocional
de todos os indivíduos.
A visão do mundo preconizada pela Nova Consciência, no
entanto, não é recente. A partir do Velho Egito, da China e da Índia Védica,
é possível estabelecer uma linha histórica que retrata o desenvolvimento
dessa visão até os dias atuais. Antigos conhecimentos herméticos foram
herdados pelos alquimistas da Idade Média, transpuseram o Renascimento,
mesclaram-se com a ciência moderna e são analisados hoje nos bancos das
universidades. Tradição e Ciência não se excluem. Pelo contrário, mais
parecem representar dois aspectos de uma mesma verdade.
Aprimorar e socializar essa visão, através de palestras,
debates, cursos e vivências é a proposta básica do Encontro. Técnicas e práticas
capazes de auxiliar a expansão da consciência de um indivíduo constituem
poderosas ferramentas para a sua transformação. E as transformações pessoais
são imprescindíveis para desencadear os processos das grandes transformações
sociais.
Do ponto de vista do turismo de eventos, o Encontro visa o aquecimento da economia local em uma época do ano até então considerada pouco propícia para tal, através da permanência dos munícipes na cidade e da geração de um fluxo turístico em sua direção.
Do ponto de vista do crescimento do ser humano, na busca do autoconhecimento e do bem-estar individual e coletivo, o Encontro se propõe a:promover o ecumenismo no seu sentido mais amplo e abrangente, como uma forma de se chegar à paz através da compreensão, da tolerância, do respeito e do amor; promover o intercâmbio de conhecimentos e de idéias nos campos das religiões, filosofias, ciências e artes, de uma forma harmoniosa e transdisciplinar, gerando uma grande corrente de saber e fraternidade entre os representantes de diferentes culturas e tradições; promover a divulgação e disseminação desses conhecimentos, fornecendo ao público participante e à comunidade em geral informações e elementos que possam auxiliá-los na melhor compreensão da Natureza, do Homem e da Vida.