APRENDIZ DE JORNALISTA
JORNAL ON LINE LABORATÓRIO UFRN FEVEREIRO 2003


Banda Officina

Caixa de texto:

Componentes:

Ana Morena – vocal

Anderson Foca – vocal

Alexandre Tourão – baixo, guitarra e samplers

Rogério Pitomba – bateria

Eduardo Passaia – guitarra e violão

Henrique Passaia – guitarra

REPÓRTER: Como se deu a formação da banda?

ANDERSON: A banda começou há quatros anos, quando eu e Passaia nos conhecemos em um programa de rádio, Oficina Musical. Tínhamos o desejo de formar uma banda e, então, juntamente com Ana Morena (minha namorada, na época e atualmente, esposa) formamos o Officina.

REPÓRTER: Por que o nome Officina?

ANDERSON: Fizemos um show e a galera pediu um nome para a banda, então decidimos colocar Officina, aproveitando o nome do programa de rádio Oficina Musical que na época já estava desativado. Seria um nome provisório, mas permanece até hoje.

REPÓRTER: Como ocorreu o reconhecimento da banda?

ANDERSON: Costumamos dizer que demos sorte. Estávamos no lugar certo e na hora certa, em um momento em que Natal precisava de um estilo de banda como a nossa. Resolvemos fazer uma banda que só tocasse cover, exatamente para formar um público que curtisse rock e depois faríamos um trabalho autoral. E foi assim que aconteceu. No primeiro ano já tocamos com Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, e, já no final, estávamos com nossas composições que vieram a ser nosso primeiro CD, “Estamos na área”.

REPÓRTER: E a composição de vocês é feita em grupo?

ANDERSON: A maioria das músicas é nossa ou em parceria com amigos. Um dos nossos principais parceiros é o João Saraiva da banda Jane Fonda e o Rômulo Tavares, irmão de Ana Morena, nossa vocalista.

REPÓRTER: Essas composições são espelhadas em alguma banda nacional ou internacional?

ANDERSON: Se espelhar é uma coisa natural quando se fala de arte e de música. Nós temos algumas referências, não se trata de uma cópia, mas de referência a várias bandas que gostamos, como Pato Fu, Los Hermanos, Offsprings, Green Days, Bob Marley e várias outras bandas e estilos que ouvimos e achamos legal.

REPÓRTER: O apoio na cidade para os músicos locais é favorável?

ANDERSON: O Officina não tem que reclamar quanto a isso. Sempre fomos bem recebidos nas casas, em rádios e até na imprensa, embora tenha ocorrido um entrave, já que ela passou um período cobrando um trabalho mais sólido, autoral, por possuirmos um público e um nome. Mas aos poucos fomos gravando discos e virando o jogo.

REPÓRTER: De uma forma geral, vocês acham que aqui no estado é favorável iniciar qualquer tipo de banda?

ANDERSON: Sem dúvida os ritmos predominantes na cidade são o axé e o forró. Uma minoria curte rock. É como estar nadando contra a maré. Está sendo muito difícil as novas bandas alcançarem um certo tipo de patamar, como não tocar de graça, tocar por um cachezinho, tocar em lugares legais, ter uma música bem gravada tocando em uma ou duas rádios. Aqui as que tocam rock é a Universitária e a Tropical.

 


Edição: Pâmela Fabíola de Oliveira Silva e Rosiana Clara Viana; entrevista: Nádja Lorena Duarte e Pâmela Fabíola de Oliveira Silva; pauta: Amanda Carvalho