APRENDIZ DE JORNALISTA
JORNAL ON LINE LABORATÓRIO UFRN FEVEREIRO 2003


Diogo Guanabara

Caixa de texto:

REPÓRTER: Como se iniciou sua carreira?

DIOGO: Aos nove anos comecei a estudar música com o incentivo de minha família. A primeira vez que me apresentei ao público foi em 1996 quando eu tinha 10 anos.

REPÓRTER: Houve um momento de auge ou os acontecimentos têm sido gradativos na sua história musical?

DIOGO: Aconteceram dois grandes momentos. O primeiro em 2000, quando fui estudar música na França e tive a oportunidade de participar do Festival da Música Brasileira juntamente com grandes nomes como Jorge Ben Jor e Chico César. De volta ao Brasil, pude mostrar meu trabalho no Clube do Choro de Brasília – importante referência da música instrumental – e no espaço cultural Dragão do Mar em Fortaleza. Aqui em Natal, participei do show Caros Amigos no Teatro Alberto Maranhão, ganhando o prêmio Hangar na categoria de melhor show.

O segundo momento aconteceu em 2002, quando fui convidado por Hermínio de Carvalho para participar do CD e DVD em tributo a Jacob do bandolim, no Rio de Janeiro, pelos trinta anos de sua morte. Artistas como Hermeto Pascoal e Armandinho também participaram das gravações, e a minha aconteceu na sala Cecília Meireles, segunda melhor do Brasil.

REPÓRTER: Além de tocar cavaquinho e bandolim você compõe canções. Elas sofrem influência de alguma banda?

DIOGO: Apesar de gostar bastante do estilo do Roupa Nova, minhas composições são totalmente autênticas como Menu.

REPÓRTER: Qual o apoio que você recebeu aqui no estado?

DIOGO: A Rádio Universitária divulga algumas composições minhas, mas falta as rádios darem mais valor aos artistas locais, pois para uma maior atração do público nas apresentações é necessário que as músicas sejam conhecidas.

REPÓRTER: Mesmo sem um apoio significativo, como está a aceitação do público aqui no estado?

DIOGO: A cultura potiguar, desde a Segunda Guerra Mundial, quando houve uma vinda massificada de estrangeiros, acostumou-se a valorizar o que vem de fora e não a produção local. Devido a isso, há um reconhecimento maior do meu trabalho quando participo de apresentações de artistas que não são do estado, como é o caso do show que participei de Oswaldo Montenegro no Teatro Alberto Maranhão em 2002.


Edição: Pâmela Fabíola de Oliveira Silva e Rosiana Clara Viana; entrevista: Débora Bezerra Duarte; pauta: Amanda Carvalho.