JORNALISMO&TECNOLOGIA
Luzigrácia
Silvia Patrícia
Janaína Almeida
O
que é Jornalismo? “A arte ou a ciência de dar notícia em rádio, TV ou
impressos”. Se essa pergunta fosse feita nas ruas há 20 anos, provavelmente a
resposta não seria diferente, como não seria hoje. Mas se o questionamento
fosse: “você confia no Jornalismo?”, com certeza estas duas décadas fariam
diferença.
Com o avanço tecnológico e a criação de alguns novos setores, nos veículos
de comunicação, que propiciam o tratamento da imagem, alguns profissionais se
aproveitaram deles para modificar fotos e gravações para, em alguns casos,
gerar notícias o que acarretou a terceira colocação da imprensa, como órgão
que menos inspira confiança à população, no Brasil, em uma pesquisa feita
pela Vox Populi em 1999.
A
falta de Ética sempre acompanhou alguns profissionais da imprensa é verdade,
mas com as facilidades tecnológicas, aos olhos da população, a manipulação
de imagens para a criação de fatos, tornou-se mais fácil, o que não deixa de
ser verdade. Hoje são feitas montagens de fotos, corte e sombreamento de
imagens com uma precisão que torna praticamente impossível ao olho humano
perceber a diferença. Isso causou na população em geral, felizmente, um
grande descrédito quanto ao que lhes é apresentado pelos sistemas de comunicação,
pois pode vir a evitar que determinados grupos sejam beneficiados junto à opinião
pública.
Foram
entrevistados alguns dos profissionais dos principais veículos de comunicação
de Natal, e todos foram da mesma opinião quanto a pergunta: “o avanço tecnológico
contribuiu para a perda de credibilidade da imprensa?”
Marcos
Ramos - Pauteiro do Diário de Natal
“Não, a credibilidade jornalística
é conquistada pelo profissional e pela empresa, além do mais, a falsificação
de fotos sempre existiu”.
E declara: “ A tecnologia só melhorou o
jornal; com ela a matéria é confeccionada em menos tempo, o que nos dá mais
tempo para a apuração dos fatos”.
Micarla
de Souza – Superintendente da TV Ponta Negra
“Não, a credibilidade, o
profissional ou o veículo conseguem
com respeito e tempo. É claro que existem os maus profissionais, como aliás,
em todas as áreas; e utilizam alguns recursos tecnológicos em benefício próprio”
E acrescenta “a
tecnologia está vindo a todo vapor, o que acho um ponto positivo, pois só virá
a somar com o talento do profissional”.
O
descrédito da imprensa junto à população não é conseqüência apenas do
avanço tecnológico, que como se pôde observar, na visão de profissionais
respeitados, só trouxe benefício ao Jornalismo. Mas sim, da conduta dos próprios
veículos, que abordam os mesmos fatos mostrando matérias diferentes.
Recentemente, nos dias 5, 6 e 7 de junho, as duas principais emissoras de Natal
mostraram uma matéria a respeito de uma missionária que praticava um trabalho
social no forno do lixo: por uma emissora , ela era mostrada como suspeita de
rapto de crianças, já na outra, a mesma missionária era colocada acima de
qualquer suspeita. Afinal, ela era ou não suspeita de rapto de crianças? E os
telespectadores, em qual versão devem acreditar?
Pois,
a briga pela audiência no Brasil faz com que os veículos descaracterizem a
informação, chegando a dramatiza-la, aproximando-a das telenovelas mexicanas
dadas ao alto grau de apelação sentimental existente, e ignoram em alguns
casos, a veracidade e a apuração dos fatos, sonegando à população as
informações suficientes para que no mínimo, quem tenha acesso a ela possa
chegar as próprias conclusões.
Um
outro agravante da imprensa brasileira é o fato dela ser controlada, em quase
sua totalidade, por grupos políticos que sempre mostram nos noticiários, a
versão que mais lhes convém. Tudo para não perderem o controle da lavagem
cerebral que tanto ajuda a eleger políticos, aprovar planos econômicos e
transformar professores universitários, que lutam por seus direitos, em
“marginais”.
Portanto
é neste contexto, disputado por vozes dominantes que os eticamente corretos
tentam adquirir seu espaço na imprensa, - já que as empresas jornalísticas
evitam infiltração em seus sistemas, fechando a porta para as pessoas que
tenham uma linha ideológica diferente da existente na empresa; nelas, até a
seleção dos funcionários é tendenciosa, pois só são contratados aqueles
que já seguem a linha do veículo ou que forem indicados por funcionários
antigos - para que ela não só reconquiste sua credibilidade, como também
volte a ser o órgão denuncia e divulgação, não que tenha perdido essas
características, mas está sempre a serviço de uma minoria. Então, fica a dúvida:
para conquistar um espaço, o jornalista tem que ser um “marketeiro”? Qual o
caminho a ser seguido?
A
primeira teoria que propiciou a fotografia foi no século V a.C, quando um chinês,
Mo Tzu, expôs as teorias da propagação da luz em linha reta, e também as
leis de reflexão dos raios luminosos, da formação de imagem invertida quando
a luz passa através de orifícios muito pequenos, além das relações dos
objetos com suas imagens, quando essas são refletidas por espelhos planos,
convexos e côncavos.
Essa
técnica foi aperfeiçoada por Leonardo da Vinci, no século XV d.C, ao revelar
que se um pequeno orifício for feito na fachada de um edifício, situado à
sombra, todos os objetos iluminados pelo sol refletiram numa parede que deverá
ser branca.
Você sabia que a primeira aplicação prática do rádio – na época
radiotelegráfica – foi a comunicação entre navios e terra. Ainda sem voz, a
transmissão feita pelas ondas sonoras significou rapidez e eficiência no
salvamento de vidas no mar há mais de um século.
No
início de 1971, a Jovem Pan coordenou o primeiro noticiário de integração
nacional que interligava todo o Brasil. As emissoras integrantes eram: Itatiaia
de Belo Horizonte, Continental do Rio de Janeiro, Cabugi de Natal, Tropical de
Manaus; Difusora de Porto Alegre; Cruzeiro de Salvador e Nacional de Brasília.
Cada uma delas tinha uma participação de três minutos ao vivo, trazendo para
os mineiros, gaúchos e nordestinos residentes em São Paulo, informações
sobre os seus Estados.
Os primeiros jornais foram cartazes com notícias escritas à mão
fixados nas praças públicas. A mais antiga folha diária conhecida é a Acta
Diurna de 59 a.C. O primeiro jornal impresso do mundo foi uma folha chinesa
chamada Ti-Pao (Notícias do Capital). Os chineses começaram a imprimir o
Ti-Pao em blocos de madeira entalhados no século VIII d.C. O primeiro jornal
publicado regulamente na Europa, o Avisa Relation Oder Zeitung, surgiu na
Alemanha em 1609.