APRENDIZ DE JORNALISTA
JORNAL ON LINE LABORATÓRIO DO DECOM/UFRN

 

CINEMA ENCONTRA NOSSA GENTE

Anne Danielle C. de Medeiros

Katarina Emmanuelle J. de Paula

O projeto cinema em movimento está sendo desenvolvido no RN pela agente universitária Elisandra Galvão, que teve de fazer um treinamento em Recife, na MPC e Associados (empresa que produz curta e longa metragens e faz trabalhos publicitários no RJ), para poder executar o projeto. O projeto foi criado com a finalidade de solucionar alguns problemas dentro do estado, vencer a barreira da distribuição e a falta de espaço nos cinemas locais e nacionais. A formação de platéias com senso crítico também é um dos objetivos da criação do projeto.

            O filme “ O dia da caça “ estreou projeto cinema em movimento. Segundo Elisandra Galvão vê o filme e analisá-lo é muito importante para promover as discussões dentro da universidade das temáticas que os filmes do projeto trazem.

            O projeto e dividido em três circuito: o circuito universitário em que o público alvo são os estudantes universitário; o circuito comercial feito pela empresa (MPC) e o circuito sem tela que está começando aqui e em cinqüenta e uma capitais. De acordo com a agente universitária, os filmes nacionais que estão rolando nas outras capitais fazem parte do circuito sem tela, onde o produtor local leva para os bairros carentes e as pessoas que não tem condições de comprar ingressos, o filme. A projeção é feita em telões nos centros comunitários. Dependendo da estrutura que os bairros tem os filmes são exibidos, no caso da UFRN é o NAC que está fazendo uma parceria com o projeto. Projetor e telão são usados.

            A proposta do cinema em movimento é percorrer alguns bairros e cidades do interior. Esse projeto tem também como proposta trazer filmes que possuem uma linha mais cineasta, entre tanto, esse tipo de filme é o que encontra a maior dificuldade em relação a falta de espaço no circuito comercial.

            Elisandra ainda não tem em mãos a lista dos filmes que estão vindo depois do “ O dia da caça,” mas afirma que muita coisa boa vem por ai.

            “Cineasta que estavam terminando seus filmes estão ligando para os diretores do projeto inserirem seus filmes no cinema em movimento,” afirma a agente.

            Um estudante de jornalismo foi escolhido para ser o agente universitário, no caso, Elisandra Galvão que ficou encarregada da produção, da vinculação; pré-estréias e por toda a divulgação nos meios de comunicação externa.

            A maior dificuldade encontrada em Natal, pela produção é a carência de estrutura, mas a agente universitária está consciente que isso ocorre em todas as universidades federais brasileiras, já que nenhuma têm uma sala de projeção para filmes de 35mm. “É complicado para que faz e para quem vai exibir uma reprodução em VHS, a qualidade saí prejudicada,” explica Elisandra.

            De cinco mil estudantes, em média, quinhentos assistiram o filme que estreou no projeto. “ Acho que o projeto está numa cidade que não tem público cativo de cinema, as pessoas não têm o hábito de sair, de ir ao cinema. Então o projeto está na cidade certa, pois o objetivo principal do projeto é está em vários pontos da cidade sem que as pessoas necessitem comprar a entrada. Você vai assistir um filme antes de estrear no cinema,” diz Elisandra.

            O filme que abril o projeto na UFRN foi exibido em seis sessões. “O dia da caça,” segundo quem teve oportunidade de assistir achou o filme diferente do tradicional cinema nacional, aborda como tema o tráfico de drogas e a corrupção policial. O suspense presente na trama prende a atenção do espectador e o final deixa a morte do ator principal, representado por Marcello Antony subentendido. Vale a pena conferir o enredo e os atores como Jonas Bloch e Felipe Camargo que estão no filme.