PROJETO ACADÊMICO

DECOM 2000

 

 


I – JUSTIFICATIVA DA PERTINÊNCIA DO CURSO

II – PROPOSTA OU PROJETO PEDAGÓGICO

III – CORPO DOCENTE

IV – INFRAESTRUTURA MATERIAL E TECNOLÓGICA

V - PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DO PROJETO ACADÊMICO


 


JUSTIFICATIVA DA PERTINÊNCIA DO CURSO

 

1 – BREVE HISTÓRICO

O Curso de Comunicação Social da UFRN tem sua origem na Lei Estadual n. 2.783, de 10 de maio de 1969, assinada pelo então governador Aluízio Alves, que criou uma faculdade com esta destinação. Já no ano seguinte, através da Lei de n. 2.885, também estadual, o curso foi incorporado à recém-criada Fundação José Augusto, com o nome de Faculdade de Jornalismo Eloy de Souza, nome de um dos mais respeitáveis jornalistas do Estado. A primeira turma de concluintes, composta de 38 formando, dos quais 80% já trabalhavam nos meios de comunicação de massa da cidade, deixa a faculdade em 1965. Desde então, cerca de 30 profissionais a cada ano são postos à disposição do mercado local e regional. Por seus bancos, passaram, não apenas os melhores comunicadores de várias décadas, como também de empresários, políticos e educadores. O seu reconhecimento pelo Conselho Federal de Educação ocorre na década seguinte, através do Decreto n. 82.3l3, de 25 de setembro de 1978, conforme pode ser visto no Diário Oficial da União do dia seguinte.

No ano de 1973, quando é iniciada a implantação da Reforma Universitária, começa a absorção da Faculdade estadual pela UFRN. Inicialmente, por meio de uma vinculação administrativa, passando a mesma a compor o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. No ano seguinte as atividades didático-pedagógicas são transferidas para o Campus Central e a turma que tivera acesso ao curso no ano da reforma, já recebe grau juntamente com os demais alunos da instituição federal. Estava concluída a transferência ao mesmo tempo em que novas realidades se impunham: a substituição do sistema seriado para o de créditos; o dia a dia num contexto novo, bem diverso da prática tradicional, ainda próxima de um jornalismo romântico, quase sempre exercido por bacharéis da área jurídica, caso do patrono da antiga faculdade.

 

2 – UM CURSO E SEU CONTEXTO

É possível dizer-se que o curso de Comunicação Social da UFRN surgiu em meio a desafios que ainda não foram de todo ultrapassados, e que significam, no seu enfrentamento e superação, um salto na perspectiva de melhoria da própria sociedade. Como é sabido, desde a década de 40 o ensino da Comunicação do país conheceu fases diversas, todas elas provocadoras de discussões apaixonadas, cada uma das propostas pedagógicas sendo colocadas como a mais importante. Primeiro, uma visão clássica, de cunho humanístico, que recomendava ênfase aos estudos de natureza filosófica, histórica e literária; logo a seguir, repercute nos meios acadêmicos a tradição instaurada segundo os moldes norte-americanos que privilegiava um enfoque funcionalista, correspondente ao exuberante processo de industrialização verificado nos EUA, a exigir que se acrescentasse ao ensino do jornalismo impresso o da Publicidade e o da Relações Públicas. As décadas subseqüentes conheceram o gradativo incremento de reflexões visando à superação crítica dos modelos importados.

Ao encerrar-se o século é fascinante constatar que, mesmo diante do desafio maior, que é formar profissionais adequados às exigências de uma comunicação, cuja velocidade parece adiantar-se à própria dinâmica da sociedade; o curso da UFRN já contabiliza um serviço expressivo ao mercado da informação do Rio Grande do Norte. Desde o seu nascedouro, o curso de Comunicação Social da UFRN tem oferecido ao mercado local, à região e até nacionalmente, na chamada ‘grande imprensa’, profissionais com destacada atuação. Firmou-se, neste sentido, uma espécie de tradição, do ponto de vista de aproveitamento do egresso, que, mesmo antes de concluído o curso, tem atuado com destaque em estágios informais que incluem redações, agências de publicidade ou no extraordinário laboratório que tem sido o canal aberto da  televisão da UFRN, a TV Universitária, para não falarmos da experiência de entrevista coletiva com participação de todo o alunado, conhecida como ‘Xeque-mate’, que marcou época ainda nos anos 70 e nas atuais práticas de jornal-laboratório, vídeos, livros-reportagens e na produção de programas de debate semanais como ‘Grandes Temas.

Se por um lado essa prática revela uma ênfase mais acentuada na direção das chamadas disciplinas técnicas (fruto e vidente da predominância de um certo modo de refletir a Comunicação), é inegável que em muito terá contribuído para firmar o conceito de profissionais competentes, muitos deles logo absorvidos pelo mercado. Porém, agora, um novo desafio se apresenta: o de um curso capaz de oferecer à sociedade profissionais cuja formação associe a capacidade técnica e a cultura humanista, ao compromisso ético diante de um mundo de incertezas e mudanças.

 

3- TEMPOS DE MUDANÇA

E é buscando pôr-se em sintonia com essas mudanças que a cada dia se impõem aos sistemas informacionais – e com isso adequando-se a uma nova realidade, sem prejuízo dos referenciais culturais que nos distingue – que o Departamento de Comunicação Social da UFRN pretende investir na formação desse novo profissional. Que ele seja capaz de superar os desafios de uma informação que, por assim dizer, já ultrapassou uma requerida instantaneidade, para penetrar o fantástico mundo da virtualidade.

Para tanto, toda ênfase será dada à reformulação de um projeto pedagógico que contemple uma formação técnica traduzida na competência do egresso para responder aos desafios do mercado. Mas, a sua capacitação jamais poderá prescindir de uma ampla visão humanística: um novo comunicador, cuja medida resulte de uma estética renovada a uma ética preservada[1].

Poderíamos resumir as adaptações propostas e sintetizadas por este Plano Acadêmico em alguns tópicos principais:

 

·         A nova proposta pedagógica pretende superar a dicotomia paradigmática entre o ensino teórico e a prática profissional em seus diversos níveis. Assim, por exemplo, os estudantes cursam (do primeiro ao último semestre), ao contrário do que acontecia no currículo anterior, tanto disciplinas técnicas quanto científicas.

 

·         As disciplinas de fluxo específico (profissionalizantes) passar a ter caráter prático e são as ‘Oficinas’, realizadas nos laboratórios e núcleos de extensão do curso.

 

·         O novo Plano Acadêmico prevê a criação de uma habilitação em radialismo.

 

·         A disciplina Projetos Experimentais passar a ter caráter de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e ganha uma regulamentação específica.

 

·         A creditação das Atividades Complementares Obrigatórias (ACO).

 

·         Estabelece critérios e parâmetros para a própria avaliação institucional.

 

·         O curso pretende a formação de um novo profissional, dando ênfase ao desenvolvimento das competências empreendedoras e à atualização tecnológica. A idéia fundamental é assumir formar profissionais liberais com visão ampla de mercado e não simplesmente mão-de-obra para empresas de comunicação.

 

PROPOSTA OU PROJETO PEDAGÓGICO

 

1. Introdução do Projeto Pedagógico

A reforma de 1968, que ficou conhecida pelo nome do convênio que lhe deu origem, o MEC/USAID, terminou com o regime serial e independente das faculdades (o modelo francês) e entronizou o sistema de créditos individuais e um modelo administrativo que separava a Coordenação dos Cursos das Chefias dos Departamentos. Este modelo, típico das universidades privadas norte-americanas voltadas para a especialização profissional, imposto autoritariamente à universidade pública nunca funcionou e levou a uma compartimentalização do conhecimento científico, principalmente na área de humanas. E assim a tão propalada “indissociabilidade da pesquisa com ensino” e a adequação da universidade às necessidades econômicas da sociedade, que os militares tentaram promover, nunca saíram do papel para realidade. Pelo contrário, houve uma dupla dissociação: não há pesquisa na graduação (que se voltou exclusivamente para formação profissional) nem extensão na pós (gerando uma teorização pouco interativa frente à sociedade).

 

----> Pesquisa e pós-graduação ---->

UNIVERSIDADE ------------------SOCIEDADE

<---- Extensão e graduação <----

 

O modelo institucional de universidade do MEC/USAID é uma via de mão dupla. Por um lado, a universidade deve atender às necessidades da sociedade através da extensão e dos cursos de graduação, mas por outro, deve também, no sentido inverso, inventar tecnologia que desafie os padrões sociais estabelecidos, aperfeiçoando outras instituições. Porém, esse relacionamento da universidade com a sociedade, interpenetrando-a em sentidos opostos, dissocia institucionalmente a pesquisa da graduação e a extensão dos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Assim, além da separação burocrática entre ensino (organizado pelas Coordenações de Curso e Colegiados) e as atividades administrativas, de pesquisa e de extensão (gerenciadas pelas Chefias de Departamento), temos também, em grande parte do ensino superior, uma segunda dissociação entre pesquisa e extensão em comissões internas que não se intercomunicam.

ENSINO - Cursos, Coordenações, Colegiados.

PESQUISA - Comissão Departamental voltada para qualificação docente.

EXTENSÃO - Comissão Departamental integração comunitária e serviços externos.

Hoje, há um consenso sobre a necessidade de mudanças institucionais na universidade pública brasileira, nessa quádrupla dissociação administrativa entre ensino, extensão e pesquisa; mas a superação desses obstáculos ainda  esbarra no assembleísmo dos conselho e das interferências provincianas ou  corporativistas, não permitindo o livre exercício da crítica e o pluralismo das idéias necessários a renovação da vida acadêmica. E essa dissociação se torna particularmente crônica e visível tanto no que diz respeito à atualização tecnológica exigida pela informatização da sociedade quanto à verdadeira unidade do ensino com a pesquisa como prática pedagógica e à adoção da metodologia construtivista no ensino superior. A pesquisa, hoje, com raras exceções, começa quando o curso de graduação termina. Na graduação de Comunicação Social, com a substituição (na época, adequada) das monografias de pesquisa no final do curso por projetos experimentais, esta distância entre investigação e aprendizado aumentou ainda mais.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - ABMES, entidade que congrega a maioria das universidades privadas brasileiras, realizou, em 97, o Seminário Contribuições à Definição de uma Nova Política de Ensino Superior, com o objetivo de aproximar ensino e pesquisa. Vejamos algumas:

#Reorganizar os currículos de seus cursos, rompendo com a concepção conteudista e imprimindo-lhes a dimensão complexa do trabalho intelectual, enquanto instrumentos flexíveis de constante aprendizagem fundamentada na investigação e na descoberta.

#Tornar os currículos mais flexíveis de modo que o aluno possa compor o seu programa estudos de acordo com seus interesses, buscando um ensino personalizado e satisfazendo, naturalmente, as exigências do currículo mínimo. A implementação desta proposta facilitaria a interdisciplinariedade e a transdisciplinariedade e daria oportunidade para a obtenção de mais de uma habilitação, oferecendo ao graduado a possibilidade de seguir outras direções num futuro imprevisível. Esta flexibilização para ter êxito requer um compromisso dos professores no sentido de orientar os alunos nas suas escolhas acadêmicas.

#Buscar forte interação entre os diversos departamentos (ou outra forma de organização) da instituição tornando-os menos compartimentalizados. Alguns dos temas atuais de estudo, como por exemplo, globalização, integração regional, ecologia, engenharia ambiental, automação, biotecnologia, biofísica, marginalidade social e outros, pela sua própria característica promovem, no âmbito da pesquisa, uma visão interdisciplinar, integrando departamentos, núcleos de pesquisa e institutos especializados.

#Introduzir o aluno, desde o início do seu curso, no estudo de temas específicos de sua área através da participação em projetos de pesquisa. Umas das formas de implementação desta idéia é oferecer disciplinas nos primeiros períodos onde os alunos, organizados em grupos, estudem determinados problemas e apresentem alternativas de solução. O exercício do trabalho em equipe, prática esta muito pouco utilizada nos atuais cursos de graduação, possibilita o desenvolvimento de habilidades básicas e a obtenção de sucesso nos ambientes futuros de trabalho que são altamente competitivos.

#Introduzir nos currículos disciplinas obrigatórias, fora da grande área de estudo do aluno, sobretudo aquelas das áreas das humanidades, no sentido de oferecer uma formação integral que permita ao mesmo exercer plenamente sua cidadania.

#Ampliar os esforços no sentido de envolver os pesquisadores com os alunos dos cursos de graduação, por meio da participação destes nos seus grupos de pesquisa e nos programas de iniciação cientifica, possibilitando a desejável integração entre a graduação e a pós-graduação. Além disso, esta articulação será fundamental para a reformulação de cursos e currículos, para a preparação de material didático e de laboratório e para a introdução de técnicas pedagógicas e instrumentais de ensino.

#Tornar a produção do conhecimento um processo de prazer, rompendo com a burocracia acadêmica e transformando a sala de aula num espaço de criação, espaço de arte e espaço de permanente interação com a sociedade.

#Criar ambientes favoráveis à pesquisa em áreas de interesse do projeto institucional, especialmente, aquelas de maior interdisciplinariedade. A estratégia não é imitar as grandes pesquisas das grandes universidades, mas fazer algo diferente, consistente e compatível com a história de cada instituição.

'Ensinar investigando, investigar ensinando e ensinar a investigar: o professor que não investiga não tem condições de acompanhar os progressos de sua área'. É preciso incorporar a noção de ‘pesquisa construtivista’ à nossa realidade de ensino através de cursos de atualização em metodologia didática e reciclagem técnica em informática.

Porém, para vencer definitivamente esse abismo paradigmático entre teoria e prática (em parte produzido pela deformação do modelo institucional do MEC/USAID) não basta unir ensino e pesquisa na investigação construtivista, é necessário também aproximar extensão e pós-graduação, através de uma nova interatividade Sociedade/Universidade em estreita sintonia com a realidade de cada local e com seus parceiros externos (os governos municipal, estadual e federal; empresas, fundações e organizações não-governamentais nacionais e internacionais; sindicatos, associações, instituições educativas e de utilidade pública). E como promover essa aproximação?

#Créditos em Disciplinas Especiais, vinculadas aos projetos de extensão e pesquisa do Departamento. Tanto nos Cursos de Graduação (com ênfase na pesquisa) quanto nos programas de Mestrado e Doutorado (com ênfase na extensão), exigir do aluno o pagamento de créditos em projetos de desenvolvidos pela Universidade.

#Especializações profissionalizantes. Para reciclagem técnica e pedagógica do corpo docente dos próprios cursos em relação interativa com a sociedade, defendo a criação de programas de especialização profissionalizante ao nível de pós-graduação.  Além de aproximar a graduação da pesquisa sem afastá-la da extensão, a proposta também evita a pulverização dos cursos de Comunicação Social pela diversificação tecnológica de suas habilitações.

2. Síntese da estrutura geral

As novas Diretrizes Curriculares para área de Comunicação Social e suas Habilitações recentemente aprovadas pelo MEC trazem grandes avanços para os que lutam para democratização da mídia e da sociedade. Destaco dois pontos: o estágio e o projeto pedagógico dos cursos. O próximo passo é a discussão de um modelo de projeto pedagógico para graduação, extensão e pesquisa em Comunicação Social nos moldes das novas diretrizes curriculares. Um projeto em que os objetivos de pesquisa sejam pela reunificação da teoria com a prática; um projeto em que os objetivos de extensão sejam discutidos com a Sociedade Civil (e o estágio não seja um subemprego); um projeto em que os objetivos de ensino sejam mais éticos, mas técnicos, mais estéticos e sejam voltados para formação de profissionais autônomos, pequenos empreendedores e não de meros empregados de grandes empresas.

O Curso de Comunicação Social da UFRN é o mais antigo de toda região Nordeste e contribuiu para formação de muitas gerações de jornalistas e profissionais vinculados à Comunicação. Porém, sua grande qualidade, esta grande proximidade do mercado de trabalho contando com os melhores e mais destacados profissionais da mídia, teve como aspecto negativo seu afastamento da pesquisa acadêmica e da pós-graduação. Assim, apesar de sua grande interatividade com o mercado de trabalho e com a opinião pública, o curso de comunicação da UFRN sempre foi vítima de métodos de avaliação institucional inadequados e burocráticos da universidade, voltados para aferir apenas produção científica e titulação, sem levar em conta sua qualidade essencial ou a especificidade de sua produção.

Assim, ao longo dos muitos anos de funcionamento, o DECOM acumulou uma razoável fatia de saber, elaborando um campo de conhecimento voltado ao conteúdo de linguagens técnicas, priorizando a formação técnica e ética do profissional de jornalismo, desvinculada das atividades acadêmicas e pesquisa e extensão. Ocorre que, dada a necessidade de adequar-se às mudanças ocorridas em todo mundo, não apenas nas áreas políticas e tecnológicas, mas principalmente, na retomada de uma visão não compartilhada do saber, o DECOM já iniciou pequenas adaptações curriculares, como a oferta das disciplinas de línguas e de mídia digital. Porém, com as novas diretrizes curriculares do MEC para área de Comunicação Social, e também a reforma curricular colocada em curso pela atual administração da UFRN, surge a oportunidade de flexibilizar ainda mais a grade curricular (diminuindo as disciplinas obrigatórias e aumentando as optativas interdisciplinares) e de articular o ensino à pesquisa e à extensão, estimulando os cursos a se reorganizarem de modo abrangente e consistente, deixando que o debate e planejamento dos objetivos de cada curso, sejam o reflexo dos mais variados pontos de vista.

3. Objetivos Gerais

o        Oferecer de cursos de graduação e pós que possam desenvolver uma relação dialética com o mercado.

o        Desenvolver projetos de suplementação de conhecimentos para profissionais liberais e empresas.

o        Promover oficinas de práticas específicas, a partir de um núcleo comum de conhecimentos.

o        Administrar o processo de inserção de estudantes no mercado através de estágios supervisionados pelos professores do departamento, em acordo comum com o sindicato da categoria.

o        Abrir cursos de reciclagem e atualização, tanto para professores quanto para profissionais do mercado.

 

4. Perfil do Egresso de Comunicação Social

Procurando adequar-se às mudanças ocorridas no mundo, não apenas nas áreas política e tecnológica, mas, sobretudo, na retomada de uma visão não compartimentada do saber, O Departamento de Comunicação Social investe na formação de um novo profissional que seja capaz de intermediar os desafios, não somente de sua profissão, mas também de interagir perante o cenário de perspectivas de mudanças e inovações. Preparar o aluno para os grandes desafios da sociedade contemporânea, possibilitando, principalmente, a compreensão e relação às novas redes de informação e a nova divisão internacional do trabalho que elas instituem.

Este novo profissional de comunicação social necessita, além do conhecimento técnico e prático em diferentes campos da tecnologia digital (impresso, web, áudio, vídeo), precisa também de uma forte formação humanística, renovada e crítica. Deve ainda desenvolver a sensibilidade similar à do artista, tanto a nível estético como ético-social. Para tanto, nosso projeto pedagógico repousa inicialmente na articulação entre conhecimentos fundamentais (científicos e estéticos) e os conhecimentos técnicos atualizados das realidades profissionais. Tentamos, assim, romper com os velhos esquemas, que por tanto tempo demarcara o perfil dos cursos de comunicação na já tão conhecida dicotomia entre a teoria e a prática, sistematizando o aprendizado em forma de seminários, oficinas, laboratórios e atividades complementares. Pensamos que o exercício da pesquisa e da extensão intrínsecos ao ensino da profissão é que levará o aluno a agir de forma interativa em relação à sociedade e à própria vida, preparando-o para o papel de mediar a complexa transformação por que passa a sociedade contemporânea.

E mais: a realidade social contemporânea exige o desenvolvimento de competências empreendedoras individuais. O curso não deve mais ser exclusivamente voltado para formação de mão-de-obra para as empresas de comunicação, mas também de pequenos empreendedores. Mesmo porque, até os profissionais que hoje permanecem empregados também precisam desenvolver competências antes não exigidas (iniciativa, criatividade, capacidade de gerenciamento).

Dessa forma, o egresso de Comunicação Social deve saber reconhecer tendências e analisar fenômenos de comunicação em pequena e grande escala. Deve ter familiaridade com os diferentes paradigmas que compõem o campo da comunicação. Deve ancorar o conhecimento técnico no saber teórico. Mas, sobretudo, deve desenvolver sua subjetividade psicológica: ser sensível, criativo e capaz de gerenciar com situações de conflito e estresse.

O perfil do egresso em Jornalismo, além da inclusão dos componentes comuns do campo da Comunicação, se caracteriza:

1.     pela produção de conhecimento e cultura voltada para seleções factuais sobre a atualidade e para a estruturação e disponibilização de informações que atendam a necessidades e interesses sociais no que se refere ao conhecimento dos fatos, das circunstâncias e dos contextos do momento presente;

2.     pelo exercício da objetividade jornalística na apuração, interpretação, registro e divulgação dos fatos sociais;

3.     pelo exercício da tradução e disseminação de conhecimento sobre a atualidade em  termos de percepção geral e de modo a qualificar o senso comum;

4.     pelo trabalho em veículos de comunicação e instituições que incluam atividades caracterizadas como de imprensa e de informação jornalística de interesse geral ou setorializado, e de divulgação de informações de atualidade;

5.     pelo exercício de relações entre as funções típicas de jornalismo e as demais funções profissionais ou empresariais existentes na área da Comunicação, e ainda com outras áreas sociais, culturais e econômicas com as quais o jornalismo faz interface;

6.     pelo exercício de todas as demais atividades que, no estado então vigente da profissão, sejam reconhecidas pelo bom senso, pelas entidades representativas ou pela legislação pertinente, como características do Jornalista.

O perfil do egresso em Radialismo, além da inclusão dos componentes comuns do campo da Comunicação, se caracteriza:

1.     pelo relacionamento com a realidade social e cultural e com ambientes naturais, voltado à percepção, à interpretação e à recriação destes através de som e imagem e do registro destas percepções, interpretações e recriações de modo a torná-las disponíveis para a sociedade;

2.     pelas atividades de criação, produção, estruturação, formação, direção e programação requeridos para as elaborações audiovisuais nas suas formulações habituais, documentárias, de narração, musicais, descritivas, expositivas, ou quaisquer outras adequadas aos suportes com que trabalha;

3.     pelo domínio técnico, estético e de procedimentos expressivos pertinentes a essa elaboração audiovisual, de modo a obter os resultados objetivados no que se refere tanto às relações com as realidades abordadas, como às características expressivas dos produtos e à interação destes com seu público;

4.     pelo trabalho em emissoras de rádio ou televisão, em eventos e em equipes, e ainda em quaisquer instituições que incluam atividades caracterizadas pela criação, produção, desenvolvimento e interpretação de materiais audiovisuais;

5.     pelo exercício de interlocução entre as funções típicas de radialismo e as demais funções profissionais ou empresariais existentes na área da Comunicação, e ainda com outras áreas sociais, culturais e econômicas com as quais exerçam interfaces;

6.     pelo exercício de todas as demais atividades que, no estado então vigente da profissão, sejam reconhecidas pelo bom senso, pelas entidades representativas ou pela legislação pertinente, como características do profissional de Radialismo.

6 - Objetivos das Habilitações

 

Formação de profissionais capacitados na apuração, interpretação, registro e divulgação jornalística de fatos sociais para veículos de comunicação e instituições caracterizadas como empresas de informação jornalística.

 

Formação de profissionais especializados em criação, produção, direção, e programação de audiovisuais destinados às emissoras de rádio, de televisão ou outras instituições com pleno domínio técnico, estético e expressivo.

 

7 - Competência e habilidades específicas de cada habilitação

 

·         Competências e Habilidades da Habilitação em Jornalismo

- registrar fatos jornalísticos, apurando, interpretando, editando e transformando-os em notícias e reportagens;

-  interpretar, explicar e contextualizar informações;

-  investigar informações, produzir textos e mensagens jornalísticas com clareza e correção e editá-los em espaço e período de tempo limitados;

-  formular pautas e planejar coberturas jornalísticas;

-  formular questões e conduzir entrevistas;

-  relacionar-se com fontes de informação de qualquer natureza;

-  trabalhar em equipe com profissionais da área;

-  lidar com situações novas, desconhecidas e inesperadas;

-  compreender e saber sistematizar e organizar os processos de produção jornalística;

-  desempenhar funções de gestão e administração jornalística;

-  desenvolver, planejar, propor, executar e avaliar projetos na área de comunicação jornalística;

-  avaliar criticamente produtos, práticas e empreendimentos jornalísticos;

-  compreender os processos envolvidos na recepção de mensagens jornalísticas e seus impactos sobre os diversos setores da sociedade;

-  identificar o que é informação de interesse público e pautar-se eticamente no tratamento dessas informações;

-  identificar e equacionar questões éticas de jornalismo;

-  buscar a verdade jornalística, com postura ética e cidadania;

-  manter-se crítico e independente, no que diz respeito às relações de poder e às mudanças que ocorrem na sociedade;

-  dominar a língua nacional e as estruturas narrativas e expositivas aplicáveis às mensagens jornalísticas, abrangendo-se leitura, compreensão, interpretação e redação;

-  dominar a linguagem jornalística apropriada aos diferentes meios e modalidades tecnológicas de comunicação;

-  assimilar criticamente conceitos que permitam a compreensão das práticas e teorias jornalísticas, repercutindo-os sobre sua prática profissional;

-  ter as demais competências e habilidades que caracterizam o trabalho nas circunstâncias em que o jornalista é normalmente inserido.

·         Competências e Habilidades da Habilitação em Radialismo

-  desempenhar atividades na geração de produtos audiovisuais em suas especialidades criativas, como escrever originais ou roteiros para realização de projetos audiovisuais; adaptar originais de terceiros; responder pela direção, realização e transmissão de programas audiovisuais; editar e finalizar programas analógicos ou digitais;

-  desempenhar atividades na geração e disseminação de produtos audiovisuais em suas especialidades de gestão, como planejar, orçar e produzir programas para serem gravados ou transmitidos; administrar, planejar e orçar a estrutura de emissoras ou produtoras, trabalhando com dados de audiência, pesquisas de mercado e estratégias para o produto, o programa, a emissora, a produtora;

-  dominar as linguagens e gêneros relacionados às criações audiovisuais, percebendo-os como espaços abertos à experimentação e à constante renovação;

-  conceber projetos de criação e produção audiovisual em formatos adequados a sua veiculação nos meios massivos, como rádio e televisão, em formatos de divulgação presencial, como vídeo e gravações sonoras, e em formatos típicos de inserção em sistemas eletrônicos em rede, como CDROMs e outros produtos digitais;

-  interagir com especialidades diversas referentes aos temas, processos e objetivos diferenciados em função dos quais a sociedade solicita uma produção audiovisual, como educação, pesquisa científica, utilizações industriais e comerciais, documentação, música, espetáculos, promoções culturais, etc.

-  compreender as incidências culturais, éticas, educacionais e emocionais da produção audiovisual mediatizada em uma sociedade de comunicação;

-  assimilar criticamente conceitos que permitam a compreensão das práticas e teorias referentes à área audiovisual, repercutindo-os sobre sua prática profissional;

-        ter as demais competências e habilidades que caracterizam o trabalho nas circunstâncias em que o profissional de Radialismo é normalmente inserido.

8. Tópicos de estudos básicos

Os conteúdos básicos são caracterizadores da formação geral da área e devem ser previstos nas especificações curriculares - incluindo o plano geral da Comunicação e os espaços específicos de cada habilitação. Envolvem tanto os conhecimentos teóricos como as aplicações relacionadas ao campo da Comunicação e à área configurada pela habilitação específica. São básicos, portanto, no sentido de que devem atravessar a formação dos graduandos de Comunicação em todas as suas especialidades.

Estes conhecimentos são assim categorizados: conteúdos teórico-conceituais; conteúdos ético-políticos; conteúdos de linguagens, técnicas e tecnologias midiáticas; conteúdos analíticos e informativos sobre a atualidade.

Matérias

Disciplinas

 

Conteúdos teórico-conceituais

Visam a desenvolver familiaridade com o uso de conceitos e um raciocínio conceitual, que permita aos alunos apreender e lidar rigorosamente com teorias gerais e específicas, inclusive acionando-as quando do processo de interpretação da realidade social e profissional.

 

OBRIGATÓRIAS DO FLUXO COMUM (FC1s)

 

Conteúdos ético-políticos

Devem permitir ao estudante posicionar-se sobre a atuação dos profissionais da comunicação, sobre o exercício do poder da comunicação, sobre os constrangimentos a que a comunicação pode ser submetida, sobre as repercussões sociais que ela enseja e sobre as demandas e necessidades da sociedade contemporânea, sempre em uma perspectiva de fortalecimento da idéia de cidadania, com o estímulo do respeito aos direitos humanos, às liberdades, à pluralidade e à diversidade, à justiça social e à democracia, inclusive na área da comunicação.

 

 

OBRIGATÓRIAS DO FLUXO COMUM (FC2s)

 

Conteúdos de linguagens, técnicas e tecnologias midiáticas

Devem assegurar ao estudante o domínio das linguagens, das técnicas e tecnologias tipicamente empregadas nos processos e nas habilitações de comunicação, bem como assegurar uma reflexão rigorosa sobre suas aplicações e processos. Também devem possibilitar a pesquisa e a experimentação de inovações das linguagens, técnicas e tecnologias, visando a formação de um profissional versátil e em sintonia com as tendências de acelerada mutabilidade dos sistemas e práticas de comunicação e suas habilitações na contemporaneidade.

 

OBRIGATÓRIAS ESPECÍFICAS DA HABILITAÇÃO (EJs e ERs)

 

Conteúdos analíticos e informativos sobre a atualidade

Objetivam propiciar aos alunos um rico estoque de informações sobre variados aspectos da atualidade, pois esta constitui a matéria prima essencial para os futuros profissionais da comunicação. Estas informações devem, simultaneamente, assegurar a apreensão de interpretações consistentes da realidade e possibilitar aos estudantes a realização de análises qualificadas acerca dos fatos e contextos culturais, políticos, econômicos e sociais.

 

 

OPTATIVAS (DOs)

Estes conteúdos devem ser referidos tanto ao campo geral da Comunicação, quanto à habilitação específica, inscrevendo-se sempre no contexto da sociedade contemporânea. Observa-se ainda que os quatro conjuntos de conhecimentos não são estanques e se inter-relacionam tanto por sua presença comum em problemas práticos e profissionais como nas reflexões teóricas sobre a área. As perspectivas críticas atravessam todas as categorias de conhecimentos, e ainda, o conhecimento de linguagens não se restringe a suas interações com as tecnologias, mas dependem também das questões interpretativas, analíticas e informativas da atualidade.

Na formulação específica destes conteúdos, o Projeto Acadêmico do Curso adota uma decidida e consistente perspectiva humanística. As próprias tecnologias, com a dimensão transformadora que adquiriram no século XX recebem tratamento que faz sua compreensão pelo estudante ultrapassar os aspectos utilitários e alcançar as interações entre a comunicação e a cultura, a política e a economia.

9. Estudos básicos de cada habilitação


COMUNICAÇÃO SOCIAL

CIÊNCIA

ARTE

POLÍTICA

Objetividade

Subjetividade

Intersubjetividade

JORNALISMO

Impresso

Audiovisual

Mídia Digital

RADIALISMO

Planejamento

Direção

Edição


Podemos dividir a formação do comunicador em três momentos distintos: o aprendizado científico da objetividade, o desenvolvimento artístico da subjetividade e, por último, a combinação dos dois aspectos em um contexto intersubjetivo. Assim, o aprendiz de jornalista (cuja principal competência é redigir) tem, em um primeiro momento, a aprender a pensar cientificamente e redigir de forma objetiva, na terceira pessoa, nos moldes do jornalismo informativo. Em um segundo momento, no entanto, ele deve, para continuar seu desenvolvimento, reaprender a ser opinativo e a escrever na primeira pessoa, a reintegrar o aspecto afetivo de sua personalidade em seu texto. Neste segundo momento, o estudante trabalhará preferencialmente com suportes audiovisuais. E, finalmente, em um terceiro momento de aprendizado, o aluno deve, em combinação com as necessidades impostas pelas crescentes tendências de segmentação e interatividade, aprender a escrever na segunda pessoa, a trabalhar com púbicos e objetivos específicos, através das tecnologias e suportes digitais.

Da mesma forma, o aprendiz de radialista passa por um primeiro período em que combina o pensar científico com a atividade técnica de planejamento, por segundo momento em que deve aguçar a sensibilidade artística com a atividade de direção, e, finalmente, da intersubjetividade política e psicológica com a atividade de edição.

Acreditamos assim satisfazer as exigências prescritas nas Diretrizes Curriculares do MEC para os Cursos de Comunicação Social, que afirmam que o “planejamento do Curso deve evitar cuidadosamente a inadequada relação entre teoria e parte geral, e entre prática e parte voltada para a habilitação, que parecia decorrer do currículo mínimo de 1984”. Ou seja, em um modelo que concentrava o tronco comum e o aprendizado científico nos primeiros semestres, deixando para o final do curso a o aprendizado técnico e a opção por uma das diferentes habilitações que formam a comunicação social.

Ora, o que caracteriza a parte geral de nosso projeto é sua referência simultânea ao campo geral da Comunicação - incluindo aí reflexões teóricas, problematizações críticas, conhecimento de atualidade - e as práticas e técnicas específicas das linguagens e estruturas midiáticas. Ou seja, o aluno cursa disciplinas práticas e técnicas desde o começo, articuladas com as disciplinas teóricas segundo uma estratégia de desenvolvimento cognitivo.

7.    Estrutura Curricular

FLUXO COMUM AO CURSO DE GRADUAÇÃO

I SEMESTRE

II SEMESTRE

Teorias da Comunicação

Pensamentos Filosóficos

Oficina de texto

Específica

Optativa

Semiótica da Comunicação

Psicologia da Comunicação

Oficina de Criatividade

Complementar Obrigatória

Optativa

III SEMESTRE

IV SEMESTRE

Comunicação e Cultura Brasileira

Comunicação e Arte

Oficina de audiovisual

Específica

Optativa

Sociologia da Comunicação

Ciências da Linguagem

Estética da Comunicação

Complementar Obrigatória

Optativa

V SEMESTRE

VI SEMESTRE

Mídia Digital

Gestão em Comunicação

Oficina de assessoria de Comunicação

Específica

Optativa

Comunicação Política

Comunicação Ética e Legislação

Pesquisa em Comunicação

Complementar Obrigatória

Optativa

VII SEMESTRE

VIII SEMESTRE

Técnicas em Pesquisa de Opinião

Comunicação e Marketing

Oficina de Jornalismo On Line

Específica

Optativa

Optativa

Ao contrário de outros cursos de comunicação que optaram por implantar atividades/crédito de pesquisa e de extensão simultaneamente às 'horas-aula' em cada semestre durante todo curso, entendemos que esta inserção deva ser gradual e alternada, permitindo que aluno conheça as todas as possibilidades de desenvolvimento oferecidas e escolha em quais quer se aprofundar. Também termina a concentração de disciplinas teóricas nos primeiros semestres e de disciplinas técnicas no final do curso. Neste modelo proposto, o aluno em um semestre paga créditos de extensão vinculados a disciplinas técnicas obrigatórias, e, no semestre seguinte, paga créditos de pesquisa vinculados a disciplinas obrigatórias teóricas. E, nos dois últimos semestres, o estudante pode pagar seus créditos de pesquisa e extensão onde preferir. Por outro lado, todos professores, principalmente os que trabalham em regime de dedicação exclusiva, devem dividir sua carga horária entre a sala de aula, uma das 3 bases de pesquisa e um dos 4 núcleos de extensão.

Quatro Núcleos de Extensão:

Três Bases de Pesquisa:

 

1)  Rádio

2)  Televisão

3)  Fotografia

4)  Impresso (Jornal Laboratório)

 

1)  Mídia e Poder

2)  Imagem e cultura

3)  Comunicação e Educação

ESPECÍFICAS

OBRIGATÓRIAS DA HABILITAÇÃO DE JORNALISMO (EJs)

I SEMESTRE

II SEMESTRE

Oficina de Impresso

Atividades Complementares Obrigatórias

III SEMESTRE

IV SEMESTRE

Oficina de Fotojornalismo

Atividades Complementares Obrigatórias

V SEMESTRE

VI SEMESTRE

Oficina de Radiojornalismo

Atividades Complementares Obrigatórias

VII SEMESTRE

VIII SEMESTRE

Oficina de Telejornalismo

Projetos de Conclusão em Jornalismo

ESPECÍFICAS

OBRIGATÓRIAS DA HABILITAÇÃO DE RADIALISMO (ERs)

I SEMESTRE

II SEMESTRE

Oficina de Redação em Rádio e TV

Atividades Complementares Obrigatórias

III SEMESTRE

IV SEMESTRE

Oficina: Direção em Rádio e TV

Atividades Complementares Obrigatórias

V SEMESTRE

VI SEMESTRE

Oficina:Produção e edição em Rádio

Atividades Complementares Obrigatórias

VII SEMESTRE

VIII SEMESTRE

Oficina: Produção e edição em TV

Projetos de Conclusão em Radialismo

  OPTATIVAS

HABILITAÇÃO EM COMUNICAÇÃO (DOCs)

DOC1 – Nivelamento em Informática

DOC2 - Informática para Comunicadores

DOC3 – Comunicação Fotográfica

DOC4 – Temas Especiais em Cinema

DOC5 – Leitura e Apresentação de Textos

  OPTATIVAS

HABILITAÇÃO EM JORNALISMO (DOJs)

    DOJ1 – Estilos Jornalísticos

    DOJ2 – História do Jornalismo

    DOJ3 – Administração Jornalística

    DOJ4 - Jornalismo Científico

    DOJ5 – Seminários Especiais de Jornalismo

OPTATIVAS

HABILITAÇÃO EM RADIALISMO (DORs)

DOR1 - Linguagem do vídeo

DOR2 - Técnica de veiculação

DOR3 - Linguagem do Som e da Imagem

DOR4 - Técnica de mercadologia em rádio

DOR5 - Organização de Produção em Rádio e TV

 

EMENTÁRIO

FLUXO COMUM À GRADUAÇÃO

Teorias da Comunicação (FC11)

Comunicação de Massa - Apocalípticos x Integrados. Primeiro paradigma: Sociologia funcionalista norte-americana e a Escoa de Frankfurt. Walter Benjamim e Marshall McLuhan. Pós-guerra: Cibernética x Semiótica. Terceiro momento: a contracultura e os teóricos contemporâneos do ciberespaço.

Pensamentos Filosóficos (FC21)

De pré-socráticos aos clássicos gregos. Raízes da modernidade: racionalismo e empirismo. A crítica kantiana. O positivismo na ciência e na filosofia. Freud, Nietzsche e o idealismo alemão. O marxismo como filosofia e prática política. O pensamento filosófico contemporâneo.

Oficina de Textos (FC31)

Discurso e Texto. Componentes articulatórios dos discursos. Texto e coesão. Discurso e coerência. A exposição de Idéias. A dissertação. Procedimentos de delimitação de assuntos.

Semiótica da Comunicação (FC12)

Estudo da ciência dos signos. Platão, Santo Agostinho e Sir Charles Peirce.  Ferdinand Saussare e o estruturalismo até Roland Barthes. Funções dos vários sistemas sígnicos.  Estrutura da Narrativa nos meios impressos e audiovisuais. Bystrina e a Semiótica da Cultura.

Psicologia da Comunicação (FC22)

A história da psicologia social e do estudo psicológico dos eventos sociais. Os contemporâneos: Psicologia Cognitiva e Sociologia Clínica (Enriquez).  

Oficina de Criatividade (FC32)

Igualdade e diferença – coletivas e individuais. Singularidade e Complexidade de cada um e do grupo. O que é criatividade? Treinando: alguns problemas e suas soluções.

Comunicação e Cultura Brasileira (FC13)

Análise da cultura brasileira em suas diversas manifestações. Cultura de Massa, Cultura Popular e Cultura de Elite. A indústria cultural e sua ação homogeinizadora sobre a sociedade. Formação da sociedade brasileira em seus aspectos políticos e culturais. Cultura brasileira contemporânea.

Arte e Comunicação (FC23)

Interpretação sociológica da arte. A arte como expressão social no momento histórico. Breve história da arte. Tendências da arte contemporânea.  Perspectivas da arte brasileira. Arte regional. Arte pós-moderna.

Oficina de Audiovisual  (FC33)

Linguagem.  Os elementos da linguagem áudio-visual.  As especificidades dos elementos da linguagem áudio-visual.  Análise do objeto a ser comunicado.  Pesquisa e criação.  Preparação de roteiros.  Pré-produção e decupagem.  Processo de edição de produtos áudio-videográficos.

Sociologia da Comunicação (FC14)

Críticas teóricas: de conteúdo, crítica ideológica. A estrutura de comunicação na linguagem. A concepção instrumentalista da linguagem. A ordem da linguagem e a ordem da cultura.  O registro imaginário, simbólico e o real.  As três visões de mundo.

Ciências da Linguagem (FC24)

As ciências da linguagem e as ciências humanas.  Transformações no domínio das ciências. A ciência e o homem. A questão do homem.  A questão do sujeito.  Anterioridade do significante (a enunciação).  O mundo, a ordem dos significados (o enunciado).  Linguagem e comunicação: a voz, o olhar e a escrita.  Linguagem e comunicação: os meios: rádio, jornal, televisão e multimeios

Estética da Comunicação (FC34)

Estudo dos modelos teóricos de análise estética dos produtos de comunicação midiática. As relações entre o significado das obras e a dimensão de plasticidade de seus sentidos. As estratégias artísticas, os aspectos pragmáticos e fenomenológicos da produção do sentido na arte.

Mídia Digital (FC15)

Hipermídia (internet e a web). Multimídia (edição de CDs). A convergência das mídias, microondas e banda larga. Produção de uma revista virtual.

Gestão em Comunicação (FC25)

A informação como produto e como serviço. A organização de empresas de comunicação (veículos, produtoras e agências) e seu funcionamento. Planejamento estratégico contra o relógio, o ‘macro deadline’.  Oportunidades e perfis de mercado.

Oficina de Assessoria de Comunicação (FC35)

Definição: um meio termo entre jornalismo e publicidade? A empresa e a mídia. Assessoria de imprensa x assessoria de comunicação. Relações específicas com empresas de comunicação (veículos, agências e produtoras). Relações Gerais: a imagem da empresa e os públicos interno e externo.

Comunicação Política (FC16)

Formas, modelos da comunicação política.  Estrutura e funcionamento da comunicação política.  Produtos de assessoria na área política.  Assessoria política, marketing e comunicação: conceitos, limites e posições.

Comunicação Ética e Legislação (FC26)

Introdução aos Direitos Humanos. A nova lei de imprensa. Noções de direito constitucional, penal e em geral. Princípios éticos e deontologia.

Pesquisa em Comunicação (FC36)

Método de trabalho científico. Métodos e Técnicas de Pesquisa. Conhecimento humano e conhecimento científico. Ap esquisa científica e suas etapas. Enfoque de pesquisa em Comunicação. Planejamento, execução e avaliação de pesquisa.

Técnicas em Pesquisa de Opinião (FC17)

Planejando uma pesquisa de mercado. Métodos. Técnicas. Coleta de dados. Questionários. Estatística. Pesquisa quantitativa e qualitativa.

 Comunicação e Marketing (FC27)

O papel do marketing na comunicação atual. Métodos, técnicas e paradigmas do marketing contemporâneo. O futuro do marketing.

Oficina de Jornalismo On Line (FC37)

Sites de comunicação e sites de jornalismo. Produção de news na web e outras ferramentas (email, push, web, searchs). Redação de hipertexto.

EMENTÁRIO

HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

Oficina de Jornalismo Impresso (EJ1)

Pauta, importância, vantagens e desvantagens, o pauteiro. Apuração de dados. A importância das fontes. Estrutura da notícia, formas de redação, estruturação do texto. Título e sua importância. Edição, função do editor.  Outros gêneros de texto jornalístico, entrevista e reportagem. A infraestrutura do planejamento gráfico. Produção e edição do jornal laboratório. 

Oficina de Fotojornalismo (EJ2)

História do fotojornalismo. O fotojornalismo dos anos 20 e 30. Concepção e realização da reportagem. Forma e o conteúdo. Decupagem de uma reportagem fotográfica. Análise das imagens. 

Oficina de Radiojornalismo (EJ3)

Programas jornalísticos: da pauta a realização. Estratégias de produção.  Reportagem. Transmissão ao vivo. A entrevista. Edição de matérias jornalísticas. Programas especiais e apresentação de programas.

Oficina de Telejornalismo (EJ4)

Jornalismo na TV. Definição. O telejornal, suas funções e métodos de produção. A notícia na TV. A reportagem de telejornal. Equipamentos e práticas. Normas, aplicações e exercícios práticos. Edição de reportagens. A avaliação crítica dos produtos elaborados.

Projeto de Conclusão em Jornalismo  (PCJ)

Os Projetos de Conclusão de Curso substituem a disciplina intitulada ‘Projetos Experimentais’, cursada no último semestre do curso, de trabalhos relacionados com a habilitação em jornalismo, em forma de monografia, fita gravada de som e/ou imagem, sempre realizadas em laboratórios da própria escola. Veja o manual especial sobre a elaboração dos PCJ na secção de anexos.

EMENTÁRIO

HABILITAÇÃO EM RADIALISMO  

Oficina de redação em Radio e TV (EJ1)

Noções de teoria musical. Compasso, andamento, ritmo, estética musical.  Efeitos dramáticos da música. Associações e sincronismo, imagens, ruídos, fala, música.

Oficina de Direção em Programas de Rádio e TV (EJ2)

Coordenação de equipe.  Enquadramento, movimento de câmeras.  Direção de atores, cenografia. Ilha de edição e mesa de corte (efeitos). Direção de Imagem em coberturas (jogo de futebol, por exemplo). Espelho e Execução de roteiros. Continuidade. Introdução à sonoplastia e à computação gráfica.

Oficina de Produção e Edição em Rádio (EJ3)

Diferentes tipos de gravadores. Técnicas de gravação e mixagem de som.  Diferentes tipos de microfones e suas utilizações. Operação em estúdio.  Operação em externa. Edição em fitas, montagens.  Realização de Programas.

Oficina de Produção e Edição em TV (EJ4)

Diferentes procedimentos para registro de imagem.  Edição de imagens e som.  Uso de efeitos especiais em TV. Animação com equipamentos eletrônicos.  Pós-produção.

 

Projeto de Conclusão em Radialismo (PCR)

Os Projetos de Conclusão em Radialismo substituem a disciplina intitulada ‘Projetos Experimentais’, cursada no último semestre do curso, 270 horas, de trabalhos relacionados com a habilitação em radialismo, em forma de monografia, fita gravada de som e/ou imagem, sempre realizadas em laboratórios da própria escola. Veja o manual especial sobre a elaboração dos PCR na secção de anexos.

EMENTÁRIO

OPTATIVAS EM COMUNICAÇÃO (DOCs)

Nivelamento em Informática (DOC1)

Windows 2000. Noções de NT. Office (Word, Excel, Acess, PowerPoint). Introdução à Internet (programas de emails, navegação e pesquisa na web e intercomunicadores)

Informática para Comunicadores (DOC2)

Programas específicos para: Jornalismo impresso (PageMaker e Quarker), Fotografia (Fotoshop e similares), Mídia Digital (Editores HTML e FTP) e vídeo (RealPlayer e Adobe Premium).

Comunicação Fotográfica (DOC3)

A ‘escrita’ da luz – a fotografia com linguagem artística e como linguagem jornalística. História da Fotografia. Técnicas e possibilidades. Fotos e fotógrafos contemporâneos.

Temas Especiais em Cinema (DOC4)

História do cinema. O cinema no Brasil (chanchada, cinema novo e atualidade). Os processos criativos no cinema. Linguagens. Abordagens sobre os gêneros cinematográficos. Teoria da montagem. Crítica.

Leitura e apresentação de textos (DOC5)

Leitura crítica e leitura dramática. Técnicas de vocalização e interpretação. Locução em rádio e TV. Dicção e fonoaudiologia. Exercícios práticos.

EMENTÁRIO

OPTATIVAS EM JORNALISMO (DOJs)

Estilos Jornalísticos (DOJ1)

Conceitos de discurso e de gêneros. Os gêneros do discurso jornalístico. Narrativas do relato da atualidade. As espécies argumentativas do comentário contemporâneo. Técnicas literárias em jornalismo. Ensaios jornalísticos.

História do Jornalismo (DOJ2)

Jornalismo como produção e militância política. As condições históricas do surgimento e da formação de um público leitor do século XVI ao século XVIII.  Os jornalistas na revolução francesa. Os jornalistas dos períodos de comunicação de massa. Os jornalistas, o mundo capitalista e a revolução soviética de 1917. Os jornalistas na Segunda guerra mundial. Os confrontos militares, políticos e ideológicos dos anos 50 aos anos 80.

Administração jornalística (DOJ3)

Funcionamento do sistema empresarial. A empresa de comunicação. O papel da empresa de comunicação na vida econômica. Funções administrativas de uma empresa jornalística. As diversas teorias de administração e as empresas jornalísticas. Planejamento e organização de empresas jornalísticas.

Jornalismo Científico (DOJ4)

Conceito de ciência: métodos, leis e filosofia. A ciência como pensamento. O discurso argumentativo da ciência. A ciência como instituição. O discurso narrativo do jornalismo. Os paradigmas e a evolução dos conceitos científicos. Gêneros do jornalismo científico. A informação científica nas diversas mídias. A ciência contextualizada. A ciência na América Latina e outras regiões.

Seminários Especiais de Jornalismo (DOJ5)

Jornalismo brasileiro, padrões jornalísticos, sistemas econômicos, o capital financeiro, economia agrícola, a questão da tecnologia, jornalismo político, direito, saúde pública, enfim, o estudo da atualidade e da sociedade contemporânea.

OPTATIVAS

HABILITAÇÃO EM RADIALISMO (DORs)

Linguagem de vídeo (DOR1)

Caracterização da linguagem de televisão a partir da imagem, movimento de câmera. Gêneros e estruturas narrativas em televisão. Documentário e ficção.  Técnicas de produção de entretenimento. Informação, propaganda e material educativo.

Técnica de Veiculação (DOR2)

Mídia.  Os veículos: características.  Aspectos quantitativos.  Estratégia de veiculação.  Público alvo e veículo.  Uso das informações e pesquisa.  A interação, veiculação e mensagens.  Canais de difusão da mensagem publicitária ao veículo e ao público alvo

Linguagem de Som e Imagem (DOR3)

O complexo imagem/som como sistema de expressão, cinema e TV, diferenças e semelhanças, problemas da caracterização do cinema e da televisão como linguagem, especificidade do texto audiovisual, a narrativa audiovisual, elementos de análise de ficção cine/televisual, especificidade da ficção televisual, segmentação, serialidade, a emissora ao vivo e suas características, estrutura dos programas de informação, o telejornal como gênero específico de televisão, novos formatos audiovisuais.

Técnica de Mercadologia em Rádio (DOR4)

O mercado de rádio. O mercado brasileiro. Audiência geral e especializada.  Aferição de audiência. Relação com o público e anunciantes. Técnicas de merchandising.

Organização de Produção em Rádio e da TV (DOR5)

A evolução histórica e técnica do rádio.  Característica do rádio. Importância e objetivos. Noções básicas sobre processo de transmissão radiofônica. Estrutura das emissoras. Equipamentos, equipe e tarefas. Tipos de programação. Evolução histórica da TV, especificamente do telejornalismo.  Princípios da transmissão de imagens: VHS, microondas, satélites. TV a cabo, TV monocromática. Equipamentos de televisão: características, funcionamento e utilização na produção, gravação, edição e transmissão, especialmente telejornalismo.  

11. Políticas de Pesquisa e Extensão

Pesquisa:

o        Resgatar a história do jornalismo local

o        Estudar as mídias contemporâneas

o        Elaborar estratégias de comunicação e desenvolvimento

Extensão

o        Estabelecer uma relação interativa não apenas com o mercado, mas com a sociedade.

o        Promover palestras, encontros, simpósios, seminários e eventos similares.

o        Programar concursos, exposições, festivais e eventos similares.

o        Implantar atividades de assessoria e consultoria através da empresa-júnior.

o        Organizar campanhas e outros eventos de caráter sócio-cultural, a exemplo do trote da doação de sangue: campanhas ecológicas, de cidadania, etc.

o        Disponibilizar cursos de extensão para estudantes e profissionais da comunicação e outros públicos.

12. atividades complementares obrigatórias

As Atividades Complementares Obrigatórias (ACOs) prevista no currículo do curso de graduação serão realizadas na forma de disciplinas. Para feito de computação de carga horária serão consideradas as seguintes modalidades de atividades complementares obrigatórias: Programas Especiais, Práticas de Pesquisa, Produtos técnico-artísticos, Eventos Acadêmicos e Estágio Acadêmico Universitário.

·         Programas Especiais - são as atividades institucionais tais como: programa de monitoria, programa de bolsa de trabalho, bolsas de extensão e outras – sempre desenvolvidas sob a orientação de um professor.

·         Práticas de Pesquisa – são as atividades de investigação sistemática de um tema com vista ao crescimento do conhecimento científico ou cultural – coordenada por professores ou pesquisadores responsáveis. Todo aluno deve pagar, obrigatoriamente, 180 (cem) horas durante todo curso com essas atividades.

·         Produtos técnico-artísticos – fotos, textos literários, imagens, música, espetáculos, vídeos e quaisquer produtos culturais, materiais técnicos ou artísticos, elaborados pelos estudantes, voltados para veiculação, com supervisão de professores.

·         Eventos Acadêmicos – atividades realizadas com períodos, prazo de realização e carga horária determinada, realizada por instituições reconhecidas, sob a forma cursos, seminários, oficinas, etc.

·         Estágio Acadêmico Universitário – A prática de estágio supervisionada será realizada em órgãos ou entidades afins a UFRN (TVU, NAC, Rádio Universitária, Assessoria de Comunicação da Reitoria, Editora Universitária, na Empresa-junior, etc) desde que em atividades na área de comunicação, jornalismo e radialismo.

As Atividades Complementares Obrigatórias deverão ser realizadas pelos estudantes de Comunicação Social da UFRN em um total 400 (quatrocentas horas) de carga horária destinada em cada uma das habilitações.

Importante: no sexto período, dois semestres antes de conclusão do curso, o aluno deverá solicitar a computação da carga horária dessas atividades, através de processo protocolado na secretaria geral dos cursos, com os seguintes documentos:

a) requerimento escolar, fornecido para coordenação do curso;

b) certificado de cada uma das atividades cursadas, contendo: carga horária, período de realização, órgão emissor, resultados e relatório e assinatura do professor supervisor;  e publicações, citação na imprensa ou outros anexos.

13. Procedimentos de avaliação do projeto pedagógico

Na página 47 deste, encontra-se os procedimentos de avaliação do Plano Acadêmico do DECOM. A avaliação do projeto pedagógico refere-se apenas à análise sincrônica do funcionamento do curso, principalmente em sua estrutura curricular e na sua infraestrutura física. É uma ‘foto’ ou imagem instantânea do curso. A avaliação do Plano Acadêmico é mais histórica, diacrônica, e implica ainda em realizar avaliações sistemáticas dos desempenhos dos corpos docente e discente.

Para dar mais nitidez a essa ‘foto’, o DECOM utiliza-se dos parâmetros e indicadores relativos ao ensino de graduação prescritos pelo Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB).

·         TAXA DE SUCESSO NA GRADUAÇÃO (TSG) – indica a capacidade da instituição de levar seus alunos a concluir com sucesso seus cursos e considera os formandos nas habilitações em relação a todos ingressantes, a cada ano. Atualmente, ingressam 45 alunos em Comunicação Social por semestre. 

TSG = Número de Diplomados

Número total de ingressantes

 

PS: Cada turma deve ter um mínimo de 10 (dez) e um máximo de 15 (quinze) alunos – o que implica em uma média de três turmas por disciplina.

 

·         TAXA DE OCIOSIDADE (TO) – expressa o número de preenchimento de vagas no vestibular e o conseqüente grau de ociosidade existente no ensino de graduação.

TO = Número de Vagas Preenchidas

Número Total de Vagas oferecidas

 

·         ALUNO TEMPO INTEGRAL (ATI) – representa o número de alunos da instituição caso todos estivessem cumprindo 24 créditos por semestre.

ATI = somatório do produto do número de alunos de cada disciplina pelo número de créditos da disciplina

 

·         GRAU DE PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL (GPE) – expressa o grau de utilização da capacidade instalada e a velocidade de integralização curricular, Compara o número de alunos em tempo integral (ATI) com o número total de alunos ativos.

GPE = ATI

Total de alunos

·         TAXA DE RETENÇÃO DISCENTE (TRD) – expressa a permanência dos estudantes no Curso. Refere-se ao número de formandos, ponderado pelo tempo médio de conclusão (integração curricular) em relação ao total de alunos

TRD = Produto do número de formando por ano pelo tempo médio

Número total de alunos

 

 

·         TAXA DE PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS ACADÊMICOS (TPPA) – expressa o esforço institucional em oferecer aos alunos de graduação oportunidades de iniciação à pesquisa e outras atividades adicionais à sua formação. Considera-se o número de bolsas de monitoria, iniciação científica, extensão e outras em relação ao número total de alunos ativos.

TPPA = Número de bolsas

Número total de alunos

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DO PLANO

Acompanhamento Geral do Plano Acadêmico

Um processo de avaliação institucional pressupõe a existência de procedimentos que permitem a análise crítica do desempenho acadêmico. A avaliação deve ser entendida como uma atividade contínua integralizando objetivo e ações desenvolvidas na busca constante não apenas da qualidade de ensino, mas, sobretudo, da excelência no aprendizado.

Reconhecendo a importância da avaliação como instrumento de apoio à gestão acadêmica administrativa, o DECOM fará uso de procedimentos e indicadores próprios, que expressem a realidade qualitativa das nossas ações.

Inicialmente é bom que se esclareça de que estamos involuntariamente submetidos à atual metodologia de avaliação institucional do Ministério de Educação. Esta se baseia no seguinte tripé:

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO MEC

PARÂMETROS

FORMA DE AVALIAÇÃO

Avaliação do Aluno

Provão

Avaliação do Professor

GED

Avaliação do Curso

Oferta de Disciplinas (auditoria)

Não discutiremos aqui a validade ou pertinência dessa metodologia nem dessas formas avaliação. Em oposição a esse conjunto de procedimentos e formas de avaliação imposto pelo MEC, o DECOM deve estabelecer seu próprio programa de avaliação institucional. E esse programa deve ser contínuo e sistemático, de reflexão e redefinição dos objetivos e prioridades do curso, não devendo ser de caráter comparativo ou punitivo.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PRÓPRIO DECOM

PARÂMETROS

FORMA DE AVALIAÇÃO

Avaliação do Aluno

Perfil e Controle de qualidade do TCCs

Avaliação do Professor

Capes e Currículo Lattes

Avaliação do Curso

Parâmetros do PAIUB

 A proposta de avaliação institucional do DECOM orienta para a adoção de uma sistemática que combine avaliação interna e externa, devendo-se utilizar tanto de procedimentos da abordagem quantitativa, quanto qualitativa das atividades desenvolvidas pelo curso de Comunicação Social.  

Procedimentos de Avaliação do plano acadêmico

Para avaliar o curso, principalmente em sua estrutura curricular e infraestrutura física, utilizam-se os parâmetros do Plano de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), detalhados no final do Projeto Pedagógico deste Plano Acadêmico. A avaliação do Plano Acadêmico implica ainda as avaliações sistemáticas de desempenho acadêmico dos professores, funcionários e estudantes.

Esta metodologia de avaliação institucional mais abrangente adotada pelo DECOM compreende três momentos 

 

Professores

Alunos

Avaliação de Processos

Adequação docente (domínio de conteúdo e planejamento)

Avaliação de aprendizado (critério e relevância dos conteúdos avaliados)

Avaliação de Resultados

Avaliação de Disciplinas (objetivos, planos de aula, práticas de ensino)

Avaliação dos TCCs (controle de qualidade dos projetos experimentais)

Avaliação de Desempenho

Nota dada ao docente pelos alunos do período

Nota dada à turma pelos docentes de cada período

 

Deve ser realizada através de um seminário, a cada dois anos, com a participação de especialistas e representantes de outros setores da área de Comunicação Social. Os avaliadores externos devem ser profissionais com titulação e/ou experiência profissional relevantes[3]. Esta etapa da avaliação deverá ser acompanhada pela comissão de avaliação institucional do DECOM e envolverá os seguintes componentes:

1- Corpo Docente

2- Corpo Técnico-administrativo

3- Corpo Discente

4- Infraestrutura física e tecnológica

5- Análise da estrutura curricular

6- Mercado de Trabalho

7- Outros

A comissão externa de avaliação procederá a uma análise crítica e interpretativa a partir dos resultados dos relatórios parciais da avaliação interna e da avaliação do projeto pedagógico, observando os indicadores apontados. Os consultores externos completarão as informações com entrevistas com os professores, alunos, chefe de departamento, coordenador e entidades de classe. Esta avaliação externa será concluída coma elaboração de um relatório analítico que deverá realçar os pontos fortes e enfocar os pontos críticos do curso, emitindo pareceres e recomendações.

ANEXOS

Anexos 1 – PROJETOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (pcj E pcr)

 O Departamento de Comunicação Social adota a disciplina Projetos Experimentais no oitavo semestre do curso, seguindo as normas internas aprovadas pelo colegiado do curso em 24 de outubro de 1989.

Um equívoco freqüente entre os que não conhecem os critérios para elaboração de projetos experimentais em comunicação é de considerá-los pouco científicos e sem rigor metodológico em relação às tradicionais ‘monografias’ de outros cursos das humanas. Os Projetos de Conclusão de Curso (PCJs e PCRs) de Comunicação Social são de caráter reflexivo e analítico: realizam-se como estudo ou prática em comunicação, nos laboratórios da própria escola, podendo ser apresentados tanto sob a forma escrita (dentro dos critérios acadêmicos) como através de diferentes produtos (vídeos, roteiros, programas audiovisuais) de natureza técnica e artística, desde que acompanhados de uma sinopse descritiva.

Considerando e reconhecendo o quanto ainda pode vir a ser formulado, uma vez que a elaboração destes projetos é tão dinâmica quanto a própria vida, propomos que a partir do projeto acadêmico-pedagógico, considerarmos os Projetos Experimentais não sejam mais considerados como uma disciplina e sim como uma atividade complementar, contando créditos de pesquisa para o aluno e horas-de-orientação para o professor. Esta mudança, no entanto, manteria algumas características atuais.

Porém, para padronizar e garantir a qualidade dos PCs, algumas novas regras devem ser instituídas.


[1] Agradecemos a colaboração dos cursos de comunicação social da UFBA, USP, UNISINOS, UFMG, UNB, UFPE pelas contribuições dadas a este Plano Acadêmico.

[2] Disciplina oferecida no currículo de graduação em psicologia

[3] As entidades representativas das profissões, dos estudantes, da pesquisa, do ensino, enfim de todos os setores interessados tanto no que se refere às questões gerais de Comunicação como no que se refere às questões específicas das habilitações, são instadas a produzir reflexões periódicas sobre o estado do conhecimento e das práticas de suas áreas, de modo a difundir junto aos cursos indicações de temas e conteúdos específicos pertinentes; e de modo a estimular atualizações. As habilitações devem procurar sintonia com tais reflexões, e ter a flexibilidade para as atualizações necessárias.