APRENDIZ DE JORNALISTA
JORNAL ON LINE LABORATÓRIO/UFRN SETEMBRO 2002


 

EDITORIAL

 

        Acompanhando a atual situação do Curso de Comunicação, pudemos ao longo de apenas um ano, verificar a existência de inúmeros problemas como: o fato de estarmos sendo constantemente ameaçados de descredenciamento pelo MEC; professores sufocados em suas qualificações e salas de aula; docentes se afastando em busca de qualificação e sendo desligados do quadro de docentes por questões aparentemente políticas;  denúncias contra a Chefe de Departamento alegando perseguição administrativa,  professores substitutos compondo bancas avaliadoras na seleção de outros substitutos, coordenando projetos de extensão e se perpetuando “indefinidamente” na condição de substituto, merecendo, inclusive, citação no texto final do projeto pedagógico em agradecimento a sua colaboração; e, finalmente, alunos adormecidos, anestesiados sem ânimo ou interesse em acompanhar, debater e questionar a condução do curso de comunicação, já há 3 meses sem realizar ordinariamente uma plenária sequer. Diante desta realidade, ficamos preocupados com a implementação de mais uma habilitação.

        Preocupamo-nos porque vemos a batalha diária travada no DECOM para a manutenção do curso de jornalismo, sem estrutura técnica, sem laboratório próprio, com professores sem compromisso institucional e às vésperas de mais uma avaliação do MEC.

        É certo que será avaliado apenas o curso de jornalismo pois Radialismo tem  a sua primeira turma agora. Entretanto, parece lógico que uma estrutura deficiente, cheia de vícios e obscurantismos seja encarada com desconfiança quando se propõe a ampliação de sua área de atuação. Além da  expansão de sua estrutura pedagógica.

        Para o Magnífico Reitor, Professor Otom Anselmo, somos um curso privilegiado, temos um excelente projeto pedagógico e logo teremos um laboratório próprio. Opinião essa, que é compartilhada pelo coordenador do curso, professor Newton Avelino, que citando o Reitor declarou: “O reitor acha que pelo menos daqui para dezembro consegue entregar pelo menos uma parte, se não entregar a obra completa deverá entregar uma parte do laboratório de comunicação. É preciso pois estamos com muitos problemas de espaço físico. Com isso Comunicação será curso privilegiado porque terá um prédio exclusivo para as suas atividades e que comportará as duas habilitações. Agora, é bom que os estudantes se mobilizem, é bom que os estudantes se entusiasmem, é bom que eles tenham interesse no sentido de que com essas habilitações o curso melhore”.

        Deveríamos então entender as palavras do magnífico Reitor e do professor Newton como indicadores de que dias melhores estão por vir?

        Se a resposta for positiva, que não se olvide continuar a questionar, discutir e acompanhar o desenvolvimento de ações pedagógico-administrativas na tentativa de entender e conhecer as intricadas relações, nem sempre profissionais, travadas no DECOM, e o mais importante: não esquecer os prazos, as datas, as soluções para os problemas e as “promessas” de estruturação física e qualificação técnica de nossos professores, para podermos, no tempo certo, cobrar, exigir e reivindicar o que a nós compete, inclusive a execução, ou melhor, a aplicação de nosso projeto pedagógico “Um tempo para a comunicação”.

 


Bruno Leonardo de Vasconcelos; Francisco Gustavo de Oliveira; Rodrigo Maribondo; Luis Henrique de S. e Silva; Fagner Torres; Ugo Leite.